A parashá Terumá inicia uma série de quatro das cinco porções que discutem em detalhes a construção do Tabernáculo, começando com uma lista de materiais nobres que deveriam ser doados pelo povo de Israel, tais como: metais puros, pedras preciosas, tecidos especiais, madeira de acácia, óleos e especiarias.
Essa porção concentra-se em dois preceitos diferentes: “contribuir” e “construir”. Num primeiro momento, parece que o preceito principal é a construção do Tabernáculo, no entanto, a ordem dos versículos é diferente.
Primeiro vem o preceito da doação “Você deve tomar para mim uma contribuição”, seguido por uma descrição detalhada de todos os materiais que deveriam fazer parte desta contribuição. Na verdade, a ideia da construção aparece depois.
O SER HUMANO É O TEMPLO
Para Cabalá, o Tabernáculo não é um espaço físico, mas um receptor que nos permite acessar a Luz para manifestá-la no mundo. Nós somos o “templo” e a construção começa com o desejo de compartilhar (doação dos materiais).
A Luz está em todos os lugares em que A deixamos entrar e habitar e esse receptor deve ser construído como uma obra-prima de artesanato: com kavaná (intenção consciente) e desapego.
Procure doar ao outro e sentir que também está recebendo.
Dar é receber. Receber é dar.
Amar é ser amado. Ser amado é amar.
MENORÁ E ÁRVORE DA VIDA
Dentre as várias instruções recebidas por Moisés, podemos destacar a construção da Menorá, o candelabro que permanecia constantemente aceso no interior do Tabernáculo.
A Menorá é uma representação da Árvore da Vida, que representa a consciência de Unicidade e nos aproxima com o Divino em nosso interior.
Esse conhecimento permite o desenvolvimento de uma visão interior que modifica nossa percepção da realidade e ilumina nosso Tabernáculo interior.
Uma semana abençoada para todos!
Cristina Torres
