A Parashá Tsav acaba parecendo apenas uma repetição do Vayikrá. A Porção continua falando sobre os sacrifícios feitos pelo Sacerdote e sobre o processo de consagração dos mesmos.
Korban, em hebraico, significa “sacrifício” e deriva do mesmo radical da palavra “aproximação”. Encontramos o assunto de sacrifícios pela primeira vez na Torá, quando os dois filhos de Adão trouxeram oferendas a D’us. Abel ofertou do melhor de seu gado e Caim deu apenas os restos de seus frutos. As oferendas de Abel foram aceitas e as de Caim foram rejeitadas. Para Cabalá, o sacrifício era um ato de compartilhar como um “meio” para o ser humano se aproximar da Luz. Quando desejamos nos aproximar da Luz temos que dar o melhor de nós mesmos.
Cada pessoa tem que trabalhar para refinar seu temperamento, sua natureza e instintos. Em outras palavras, quem sabe controlar suas vontades, subjugar seu ego e substituir seus desejos egoístas por altruístas, fica mais próximo da Luz do Criador.
O Refinamento é a nossa missão no Mundo físico -devemos procurar nos tornarmos melhores dia após dia. A estagnação gera o início do ciclo repetitivo de falências em nossas vidas. O Refinamento é algo que o ser humano deve exigir de si mesmo e não do “outro”. Quando queremos despertar no “outro” a consciência e o comprometimento com o seu crescimento pessoal, devemos fazê-lo através do nosso exemplo, de nossa personalidade e dos valores que transmitimos.
Uma ótima semana.
Cristina Torres Martins