27ª PARASHÁ TAZRIA (CONCEBER) 28ª PARASHÁ METZORÁ (LEPROSO)

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27ª PARASHÁ TAZRIA (CONCEBER) 28ª PARASHÁ METZORÁ (LEPROSO)


RESUMO

A Parashá Tazria introduz as várias categorias de impurezas dos seres humanos. A porção descreve com riqueza de detalhes as várias e numerosas manifestações da doença chamada “tsaraat”.


Conhecida como metzorá (leproso), a pessoa afligida por uma mancha na pele estaria sujeita a uma série de exames por um sacerdote, que declara se a pessoa está pura ou impura. Se for declarada impura, a pessoa deveria ser isolada para fora do acampamento.

Após descrever os vários tipos, cores e manifestações da doença na pele, cabeça e barba da pessoa, a porção conclui com uma discussão sobre as vestes contaminadas por “tsaraat”.


A Parashá Metzorá continua a discussão detalhando o processo de purificação e faz também uma demorada descrição da “tsaraat” em casas, incluindo a ordem de demolir toda a residência caso a doença tenha se espalhado.

REFLEXÃO

Esta semana vamos estudar duas Porções da Torá que abordam as leis de uma estranha doença chamada de “tsaraat”, e os conceitos de pureza e impureza. Embora tenha sido traduzida como lepra, esta doença tem pouca semelhança com qualquer doença no corpo físico. “Tsaraat” é a única enfermidade discutida na Torá que inclui as leis que correspondem a sua manifestação e a sua cura. Isto faz dela uma enfermidade arquetípica que compreende todas as outras enfermidades.

Para Cabalá, as raízes de todas as doenças, inclusive a lepra, são raízes espirituais.

Cada falta ou desequilíbrio no corpo representa uma imperfeição da alma e sua cura depende da correção de nossos caminhos (teshuvá).

Interpretações da Torá relatam que a lepra era uma doença do espírito, ligada ao lashon hará. Tazria introduz as várias categorias de impurezas emanadas pelo ser humano, mas por que a Torá enfatiza justamente a transgressão de lashon hará? (lashon hará = má lingua)

Falar é uma ação que manifesta pensamentos e sentimentos – palavras que manifestam rigor no julgamento do próximo também podem manifestar um sutil sentimento de orgulho, raiva ou inveja.

Fazer lashon hará significa falar ou escutar coisas negativas sobre outras pessoas, mesmo quando o conteúdo é verdadeiro, contar mentira, compartilhar fake news, reclamar ou fazer promessas de forma negligente.

Se permutarmos as letras da palavra hebraica cura (refuá), obtemos a expressão “boca luminosa” (phe or), mostrando-nos mais uma vez que a palavra tem um papel decisivo para o acesso à cura.

Pela boca saem os pensamentos e sentimentos em forma de palavras. A capacidade de falar da boca, de se auto-expressar, é o poder de afetar o ambiente da pessoa, seu próprio mundo.

O que estamos emanando para o mundo através das nossas palavras?

Cristina Torres

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