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“Quando o mundo foi concluído, D’us ficou com duas luzes: Uma luz de energia ilimitada, que abarca todas as coisas e lhes dá existência, mas as transcende, e uma luz penetrante, que vitaliza todas as coisas, mas é limitada e obscurecida por ela. 
A primeira luz é uma expressão pura de “não há nada além d’Ele”.  Portanto, dela saem os milagres, atos que privam o mundo de todo significado.
A segunda luz é uma expressão de Seu desejo de que haja um mundo. Portanto, dela provém a ordem natural das coisas, um mundo de elementos que se comportam como se fossem dirigidos por suas próprias características. Mas  D’us não queria um mundo no qual houvesse dois deuses – um da 

Natureza e um do sobrenatural. Assim, Ele fez as duas luzes agir em harmonia, revelando que as duas emanam de uma só Fonte.

Como Ele faz isso? Abrandando os milagres, para que eles se ajustem à ordem natural? Ou mudando a natureza das coisas, para adaptá-la aos milagres?
Nem um, nem outro. As propriedades de cada coisa permanecem as mesmas, a ordem natural transcorre de acordo com suas próprias leis, e milagres de ordem maior ocorrem. O elefante no buraco da agulha, o infinito dentro do finito.
Impossível? Plante uma semente e veja-a crescer. E o que é ainda maior numa escala de magnitude: Plante boas ações e observe, admirando, os milagres que delas resultam.” – Menachem Mendel Schneerson

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