O valor numérico da palavra hebraica ZAN é 57, o mesmo número de versos da Porção Behar. Essa palavra significa nutrir, alimentar, sustentar ou manter. Essa é a essência de Behar – sustento, abundância ou Parnassá.
A porção fala sobre o conceito de Shemitá. Para seguir este preceito, a cada sete anos, o agricultor deve permitir que seu campo permaneça um ano sem o cultivo, um ano de descanso para a Terra. Se no sétimo ano a terra não for cultivada, também no oitavo não haverá o que comer. A Torá, no entanto, afirma que a “safra do sexto ano será tão boa que proverá alimento para o sexto, sétimo e oitavo anos”.
Este preceito nos traz a reflexão, fundamental e ao mesmo tempo perturbadora, de que a verdadeira fonte de nossa prosperidade é a capacidade de conexão com a Luz do Criador. Para isto, temos que nos esforçar ao máximo no “tempo destinado ao trabalho”.
A dimensão da qual emana o fluxo de abundância não contém o tempo, contém somente o desejo. Um desejo que surja hoje, pode se manifestar daqui a dez anos. O tempo é necessário para preparar o receptor. Quanto mais cedo você começar, mais cedo chegará lá. Você planta e depois colhe. O foco deve estar em como fazer um bom trabalho espiritual, a abundância é consequência. Não se concentre na abundância e sim nas qualidades que precisa desenvolver para conquistá-la.
O valor numérico da palavra shor (Touro em hebraico) é 506, o mesmo da expressão Ahavat Hinam, que significa amor incondicional – este é o antídoto para a ‘falta”, é o caminho para “cura” de qualquer desequilíbrio, este é o caminho para “abundância”.
Uma ótima semana para todos.
Cristina Torres