O principal ponto desta Parashá é a construção do bezerro de ouro e a reflexão sobre a idolatria. Muitas pessoas se sentem confortáveis por não reverenciarem imagens ou pessoas sem saber que são idólatras por outras razões. Idolatria é depositar, em “algo” diferente da Luz, a fonte de qualquer coisa que recebemos. Depositar, por exemplo, no trabalho a fonte da minha abundância material é uma forma de idolatria. O trabalho é um instrumento da Luz para que esta abundância possa manifestar-se fisicamente. A idolatria confunde a Fonte com o intermediário e leva o ser humano a fixar-se no que a Luz pode oferecer (conforto, segurança, afeto, sucesso, etc…) e não na Luz em si.
Identifique seus ídolos! Uma boa reflexão é fundamental para o autoconhecimento e para transformação.
SOBRE O TEMPO
Ki Tissá também nos permite fazer uma reflexão sobre a questão do tempo. Quando somos efeito do tempo, caímos na dimensão do 1%, no mundo da ilusão – mundo material desconectado do espiritual). Para Cabalá, o amanhã já está aqui nesse exato momento, mas a ilusão existente no mundo do 1% cria a ilusão de futuro. Se, no entanto, nós pudéssemos remover o tempo, iríamos trazer o futuro para o agora.
Os ensinamentos cabalísticos afirmam que quando removemos o ESPAÇO entre as pessoas, através de atitudes proativas de compartilhar, podemos remover o TEMPO que atrasa nossa plenitude.
SOBRE O SHABAT
Um bom antídoto para idolatria é a conexão com o Shabat, um “tempo sagrado” que vai do anoitecer de sexta até ao anoitecer de sábado, e que também é um tema abordado nesta porção. O Zohar nos ensina que no Shabat existe uma harmonia entre o Criador e criação. Durante toda a semana tentamos demonstrar nosso domínio sobre o mundo físico, mas isso acaba nos tornando escravos desta realidade. É fácil perder-se no mundo material e o Shabat é um lembrete constante de que podemos viver em uma realidade superior.
UMA SEMANA ABENÇOADA PARA TODOS!
CRISTINA TORRES