Segundo a sabedoria da Cabala, qualquer tema abordado na Torá está relacionado à experiência do ser humano em busca de conexão com sua essência Divina.
Depois da construção do Tabernáculo, encontramos na Parashá desta semana orientações detalhadas para a confecção das vestimentas dos sacerdotes.
Além das faculdades intelectuais e emocionais, a alma também possui três poderes auxiliares, que são chamados “vestimentas” – pensamentos, palavras e ações.
Uma das reflexões desta semana é que as vestimentas têm o poder de comunicar – e nós precisamos ter consciência das mensagens que estamos transmitindo para o mundo.
O Templo representa “o espaço” que o ser humano deve construir para manter a linha direta de comunicação entre o espiritual e a existência cotidiana, e as vestimentas têm um papel primordial.
Através dos pensamentos, das palavras e ações podemos revelar os poderes da alma, influenciando e transformando nossa realidade.
O NOME DE MOISÉS
Uma particularidade desta porção é que o nome de Moisés não é mencionado nenhuma vez. Na verdade, desde seu nascimento até o final da Torá, esta é a única Parashá que não consta seu nome.
A Cabala diz que essa omissão foi o resultado da atitude de Moisés após o pecado do bezerro de ouro. Ele agiu com total consciência de unicidade e de forma altruísta, recusando-se a seguir adiante sem seu povo.
“E agora, se perdoas seu pecado, está bem, e se não, risca-me, rogo, do Teu livro, que escreveste”
O fato do Nome de Moisés não ser mencionado em Tetzavê, demonstra a completa união entre sua alma e a Luz do Criador – ele não mais existe com uma “entidade” separada.
Embora o nome de Moisés esteja de fato ausente da Parashá, sua “essência” está impregnada em Tetzavê.