Vivemos um tempo de mudança de paradigmas sobre a relação entre ciência e espiritualidade. Atualmente, até a medicina convencional, realiza pesquisas para saber até que ponto a espiritualidade pode influenciar na capacidade do ser humano de recuperar-se das doenças. A ideia de separar o corpo, emoção, mente e alma começou a mudar e consequentemente, o conceito de cura também. As terapias complementares já são uma realidade no sistema de saúde.
Um dos principais conceitos que a sabedoria da Cabalá nos ensina é de que tudo o que existe na dimensão física possui um análogo na dimensão espiritual. A compreensão dessas correspondências nos proporciona uma visão profunda das inter-relações que governam toda a existência.
Para Cabalá, doença é uma deficiência no acesso à Energia Primordial. Quando nos desconectamos com a “LUZ ESPIRITUAL” o nosso espírito “adoece”, o que provoca a abertura de receptores para distúrbios no mundo físico, inclusive no corpo.
A Árvore da Vida é o canal de comunicação entre o espiritual e o físico. Podemos dividir este canal em dez dimensões. Cada uma dessas dimensões (sefirot) é uma lente com a qual obtemos uma visão única da realidade. O sistema das sefirot foi criado para filtrar a Luz do Mundo Infinito, de modo que o homem pudesse interagir com o Criador de forma segura, sem ser anulado.
Se examinarmos as características das sefirot e as qualidades que elas manifestam, podemos começar a entender algo sobre a nossa própria natureza que corresponde a cada sefirá. Para resumir, cada sefirá pode ser compreendida como uma manifestação Divina, que corresponde a uma experiência interior, através da qual podemos despertar determinados poderes da alma.
Assim como as sefirot servem para encobrir e ocultar a Luz, o corpo humano encobre a intensidade da alma. Se a Árvore da Vida representa uma espécie de “mapa” do ser humano, também existe um paralelismo entre as Sefirot e as partes do corpo humano. A Cabalá Clássica relaciona estes poderes da alma aos aspectos da anatomia humana. A correspondência apresentada entre as sefirot e os membros do corpo pode ser resumida da seguinte forma:
O corpo humano tem uma linguagem própria, tanto fisicamente (temperatura, pressão arterial, ritmo cardíaco) quanto do ponto de vista simbólico. Basta a disposição de ouvir e escutar sua linguagem. Devemos estar atentos à linguagem arquetípica deste mensageiro. Quando compreendemos o corpo humano, através da consciência da Unicidade, sabemos que as “partes” são na verdade, uma manifestação do todo. Na Cabalá existe uma técnica, chamada de Chai Tikun”. que utiliza a imposição das mãos e a meditação em determinados códigos de cura, que podem ser aplicados sobre os centros energéticos do corpo do indivíduo possibilitando uma “re-ligação” com a Energia Primordial.