Faltando apenas quatro porções para o encerramento de mais um ciclo de leitura da Torá, essa Parashá traz uma reflexão sobre apreciação.
Essa porção começa com o anúncio de Moisés sobre a oferta de primícias, os primeiros frutos de sete espécies, que deveriam ser levadas ao tabernáculo. Era uma oferta de gratidão acima de tudo.
Depois de entregar sua oferta de primícias, o indivíduo deveria fazer um pronunciamento diante do sacerdote: “E virás ao sacerdote que estiver naqueles dias, e lhe dirás: Declaro, hoje, ao Eterno, teu D´us, e manifesto-lhe a minha gratidão, porque entrei na terra que jurou o Eterno a nossos pais que nos daria”. (Devarim 26:3)
O objetivo era manifestar e internalizar o sentimento de apreciação. Segundo os ensinamentos da Cabalá, para receber mais você deve apreciar o que você tem. Se o foco está dirigido ao que não possuímos, começamos a perder a apreciação. E quando perdemos a apreciação, também podemos perder o que possuímos. Uma pessoa com um verdadeiro desejo de viver tem gratidão pelo que possui, e ainda assim anseia por mais.
O verdadeiro agradecimento acontece quando conseguimos reconhecer todo o movimento que está envolvido para recebermos uma determinada bênção. Quando as pessoas agradeciam pelos primeiros frutos, deveriam perceber a força oculta da Luz em cada detalhe: as chuvas na época e na quantidade certas, a ausência de pragas devastadoras, o clima propício para o desenvolvimento, pessoas que ajudaram na colheita, etc.
Agradecer nos momentos de desafio e reconhecer que não somos os únicos autores do que é bom em nossas vidas é um bom exercício para essa semana.
Que sejamos inscritos e selados no Livro da Vida!
Shavua Tov!
Cristina Torres