A Parashá desta semana fala sobre a revolta liderada por Korach contra Moisés e Aarão. Ao contrário de Moisés que pregava a tolerância, Korach, junto com seus aliados nessa rebelião, usava um discurso inflamado que contagiava os sábios e o povo contra Moisés e Aarão.Cada um de nós tem um Faraó interno, um Korach, um Moisés, um Aarão… Nós somos “pequenos mundos” feitos de inúmeras forças e à medida que avançamos pelo caminho espiritual, estas forças podem crescer. Quando percebemos estamos travando poderosas batalhas internas entre a inclinação positiva e a negativa.
Com foco nessas batalhas, a ideia de INTENÇÃO e AÇÃO, é a reflexão que gostaria de propor essa semana. O desejo de Korach de tornar-se um Sumo Sacerdote poderia ser legítimo e aparentemente positivo. Tanto ele, como as outras pessoas que o apoiaram, estavam dispostos a arriscar tudo, até mesmo suas vidas, para realizar seu desejo. Entretanto, qual seria a verdadeira intenção de Korach? O desejo em si mesmo não é bom nem mau. O importante é a intenção, a consciência – se usamos este desejo para nós mesmos ou pelo bem de todos. Korach e seus seguidores acreditavam que o sacerdócio concederia superioridade e privilégios ao invés de deveres e responsabilidades extras. Além da importância da intenção, a atitude de Korach para atingir seu objetivo foi totalmente equivocada. A raiz hebraica da palavra Korach está associada a ideia de “divisão”, algo em oposição direta ao propósito da Torá, que busca estabelecer a consciência de Unicidade. A Cabalá dá ênfase a pluralidade. Só com a diversidade de enfoques é que podemos atingir a complexidade da verdade. Korach não queria agregar, mas fazer a “sua verdade” prevalecer. Uma semana abençoada para todos! Cristina Torres |
38ª PARASHÁ KORACH
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