MÊS KISLEV & CHANUKÁ

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Sagitário corresponde ao mês de Kislev no calendário cabalista. É um signo da Coluna Central do elemento fogo, um fogo movido a ar, ou seja, que se move pelo mundo das ideias. O fogo de Sagitário diz respeito ao aspecto intelectual, em busca do conhecimento.

Esse fogo Sagitariano nos faz buscar novos conhecimentos e desafios, mas traz dificuldades para lidar com imposições e limitações (restrição).

Kislev é regido por Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar, tanto em diâmetro quanto em massa. É conhecido, na astrologia tradicional, como o Grande Benéfico, indicando características como expansão, crescimento e abundância.

Segundo a Cabala, o mês em que o Sol transita no signo de Sagitário é chamado de “Mês dos milagres”. O Milagre é a capacidade de romper com os padrões impostos pelo mundo das limitações, mesmo nas situações aparentemente sem saída.

Para acessar a dimensão do milagre é necessário acreditar que é possível e fazer a sua parte, dando o seu melhor. Não coloque a responsabilidade da realização ou manifestação de um milagre na sua vida nas “mãos de Deus”. Quando pensar em um milagre que quer ver se realizando em sua vida também se pergunte: O que estou disposto a fazer para que ele se torne realidade?

Este é o momento ideal para plantar essa semente!

O Sêfer Ietsirá, o Livro da Formação, diz, “Ele coroou a letra Guimel, e com ela criou Júpiter no mundo, e com a letra Samech, criou Sagitário no mundo e Kislev no ano.”

A letra Guimel criou Júpiter, que controla expansão (expansão do receptor metafísico e da extensão da nossa capacidade espiritual).

Júpiter, “Tzedek” em hebraico, a raiz de “estar certo, com a razão, ser justo” – é a consciência do que deve ser feito para revelar a luz oculta dentro de nós. Essa consciência de integridade e ética faz com que o sagitariano desenvolva forte sentimento de culpa quando age de forma inadequada.

Júpiter está ligado à expansão, abundância, à generosidade. Guimel nos remete ao conceito de que temos o suficiente para nossas necessidades próprias e para dividir com os outros.

Este planeta suaviza situações difíceis e faz as coisas fluírem e crescerem. Isto explica porque os meses governados por Júpiter (Peixes e Sagitário) contêm aberturas para milagres.

A letra Samech criou o signo de Sagitário, Keshet (arqueiro) em hebraico. O arqueiro de sagitário, é um símbolo das “orações”, que são jogados no espaço sem saber quando ou se serão respondidos. A tefilá (oração) expressa a certeza de que através da conexão entre o homem e o Sagrado, tudo se torna possível.

Neste mês, o sucesso está associado à tranquilidade que oferece o foco necessário para acertarmos plenamente o alvo. A quietude é a melhor forma de permanecer em seu centro, pois todo círculo (samech) é por natureza oscilante.

No mundo dos 99%, fora do alcance da nossa visão, existe uma grande energia de vitalidade que pode compensar as faltas, resolvendo os problemas e manifestando nossos sonhos. Os cabalistas a chamam de “luz oculta”, oculta desde antes da criação. Chanuká é um momento em que esta Luz oculta é revelada para toda a humanidade.

A festa de Chanucá é a poderosa ferramenta deste período e começa no dia 25 de Kislev (anoitecer de domingo 28/11 até o início da noite de segunda-feira 06/12). É conhecida como a Festa das Luzes e nos conecta com a energia de milagre.

Geralmente as festas, no calendário cabalístico, estão relacionadas a fatos históricos, que ocultam ensinamentos sobre as energias disponíveis nestes períodos.

O fato histórico é uma referência simbólica do que a data representa, na verdade, eles só ocorreram porque aquele período estava sob a influência de uma determinada conjuntura cósmica propícia.

A Cabalá nos ensina como utilizar determinadas ferramentas para acessar o fluxo de Luz disponível nestes períodos.

Em Chanucá celebramos dois milagres ocorridos durante o período do Segundo Templo. O primeiro milagre foi a impressionante vitória, de alguns poucos judeus, sobre o poderoso exército do Império Grego. O segundo milagre aconteceu com o óleo usado para reacender a Menorá (candelabro) no Templo: a quantidade disponível na ocasião era suficiente para apenas um dia, mas durou por oito dias completos.

Chanucá é uma celebração de oito dias. Como sete é um número de completude, o número oito simboliza a transcendência, o domínio fora do tempo e do espaço, o infinito (oito deitado).

Chánuca atravessa Kislev, terminando em Capricórnio, a força necessária para concretizar as promessas de Sagitário.

A conexão é realizada através do acendimento das velas da Chanukiá, um candelabro, que nos associa a ideia do acendimento da Menorá.

Deve ser feito logo depois do anoitecer, num lugar destacado e visível (perto de uma janela), para que possamos compartilhar esta energia.

Na primeira noite acende-se uma vela, acrescentando-se, a cada noite, mais uma vela, até que as oito sejam acesas. A luz “shamash”, cujo significado é “servente”, corresponde a uma vela extra, que é colocada junto às outras, mas em posição destacada e diferente, e sua utilização permitida. Com a vela “shamash” acendemos todas as outras.

Essas luzes são acesas com a finalidade de cumprir um preceito, portanto não devem ser utilizadas para nenhuma outra finalidade.

SOBRE A ENERGIA DO MILAGRE

Um milagre poderia ser definido como um acontecimento sobrenatural que “acontece” de tempos em tempos, vindo de cima, sem a nossa participação.

Este pensamento isolado nos leva ao determinismo, a ideia de que o ser humano estaria predestinado a uma sorte imposta pelo seu Criador ou ainda, que os acontecimentos de nossa vida são resultado da causalidade, tirando de nós qualquer controle sobre eles.

O Milagre é a capacidade de romper com os padrões impostos pelo mundo das limitações, mesmo nas situações aparentemente sem saída.

O homem é capaz de alcançar a dimensão do milagre na sua vida quando consegue afastar-se das coisas que o mantém preso nos aspectos finitos da existência.

A sabedoria da Cabalá nos ensina que precisamos de duas ferramentas para conectar com a energia de milagres: acreditar que é possível e fazer a nossa parte, dando o nosso melhor.

Não coloque a responsabilidade da realização ou manifestação de um milagre na sua vida nas mãos do Criador. Quando pensar em um milagre que quer ver se realizando em sua vida também se pergunte: O que estou disposto a fazer para que ele se torne realidade?

Como dizia Einstein, insanidade é continuar fazendo a mesma coisa e esperar por um resultado diferente. 

Se você não está feliz ou se quer manifestar uma realidade diferente, o que quer fazer para que isto aconteça? Este é o momento ideal para plantar as sementes.

A Luz é um milagre!

Se nos aproximamos da Luz, entramos em sinonia com essa dimensão da realidade.

MUITA LUZ E MILAGRES NA VIDA DE TODOS!

CRISTINA TORRES

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